Já imaginou treinar um atleta sem saber que prova ele vai fazer? Você consegue se imaginar tentando melhorar o domínio de um pianista praticando com um violão? Você pode imaginar treinar uma criança de 6 anos e uma de 20 anos da mesma maneira? Temos a certeza que a sua resposta coincidirá com o fato de "não ser uma intervenção adequada".
No entanto, no âmbito dos desportos de equipa, e no caso específico do futebol, isso nem sempre foi levado em consideração. Uma equipe, composta por 20 sujeitos com natureza e identidade próprias, com potencialidades e "fragilidades" inatas e adquiridas, com ritmos de aprendizagem e aperfeiçoamento em alguns casos não relacionados com o resto dos seus pares, e com objetivos individuais de preparação, convive dia diariamente no processo de formação, com o objetivo de maximizar o desempenho coletivo.
O estudo global da competição, desde os requisitos físico-fisiológicos individuais até o técnico-tático, sem esquecer a interação com os companheiros e adversários, nos ajudará a intervir de forma mais eficaz no processo de treinamento. Digamos, neste sentido, que devemos conhecer amplamente o evento competitivo para o qual nos preparamos.
Por Lucas Drumond Sinnecker
Comments