Continuando nossa série de postagens iniciada na semana passada, hoje apresentamos dicas para o treinador gerir tempo e os atletas nas categorias de base.
Ter controle rigoroso (notas) dos minutos de cada jogador, sabendo quem foram os reservas e as mudanças que foram feitas em cada uma das partidas. Tudo Isso ajudará o treinador a gerenciar e prever possíveis problemas com os jogadores. Para fazer essas anotações, é importante seguir modelos de coleta de dados ou uma agenda, parece bobagem, mas você não imagina o número de problemas que pode evitar se fizer isso.
Desde o início, comunicação completa com os jogadores (reuniões individuais e coletivas) para gerenciar as hierarquias e distribuir as funções individuais e de grupo da equipe. Isso nos ajudará a administrá-lo melhor para o benefício do grupo. Para fazê-lo corretamente, devemos ter um bom conhecimento prévio das características individuais e coletivas da equipe para compartilhar com o jogador a mensagem mais precisa do que queremos dele.
Seja honesto, mas saiba como lidar com as palavras dos diferentes arquétipos de jogadores que encontramos.
Seja justo com os méritos dos jogadores dentro e fora de campo, por exemplo, as crianças sabem que os treinadores de muitos clubes, especialmente na base, são forçados a distribuir minutos para todos os jogadores igualmente, independentemente de seu desempenho ou situação do jogo, portanto, algumas crianças não se importam com o mau comportamento tanto na atitude quanto na aptidão no treinamento e nos jogos. Neste caso, precisamos ter uma prova dos regulamentos internos do clube para nos ajudar a tomar as medidas corretivas que cremos conveniente para reverter a situação e, se necessário, que seja aplicada uma sanção (essa seria a última opção). É importante sempre apostar no diálogo com os jogadores e os pais para resolver essas situações para o benefício sempre do grupo e também pelo mesmo jogador.
Analise amplamente as características dos jogadores para saber qual é o tempo de jogo que melhor os favorece. Há uma corrente na qual se diz que quanto mais os jovens atuam é melhor, nem sempre é o caso em determinadas ocasiões. Em alguns casos, alguns jovens atletas requerem um progresso gradual de minutos, dependendo de sua evolução e características psicofísicas- técnicas- táticas. Por exemplo, existem jogadores mais jovens que tem um desempenho muito bom nos primeiros minutos do jogo, mas desaparecem com o passar dos minutos, outros se sentem melhor se vierem do banco. Alguns jovens ficam sobrecarregados se jogam muitos minutos e perdem ainda mais confiança. Nesses casos, precisamos saber como gerenciar os minutos, pouco a pouco, para que cresçam e se adaptem a situações de tempo mais longas. Estes casos devem ser avaliados pelo treinador de acordo com os critérios e com a metodologia e indiosincrasia do clube em que ele está, mas como regra geral nas etapas de treinamento, é muito importante que todos os atletas, independentemente de suas características, tenham uma participação média a alta.
Quanto aos não convocados, se houver equipes que excedam o número de jogadores a convocar na formação, é normal que sejam distribuídos por dia, para que nenhum atleta repita em excesso por não participar de um jogo. Logicamente, pode haver casos especiais em que é necessário tomar a decisão de não convocar o atleta (o último recurso) devido a uma continua falta de disciplina séria ou devido a uma grande falta de participação no treinamento em comparação com outros jogadores. Em caso de indisciplina, antes de tomar qualquer decisão, alertar o jogador por sua atitude e também informar aos pais que, se não houver mudanças, poderão ser tomadas as medidas disciplinares regidas pelo código de conduta do Clube. O melhor é que esses tipos de medidas sejam relatados nas reuniões no início da temporada.
Os treinadores , devem estar cientes de que a distribuição de minutos, por mais que seja bem-sucedida, é muito difícil de agradar a 100% da equipe. Sempre haverá algum protesto ou dúvida, sua função é gerencia-la da melhor maneira possível para alcançar todos no caminho certo sem se afastar do curso preestabelecido.
Na próxima semana estaremos trazendo o terceiro e ultimo artigo desta série aonde traremos dicas para jogadores de futebol que não estão com tantos minutos em campo.
Por Lucas Drumond Sinnecker
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