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O Caso Thiago Neves


Quando se pensa em Thiago Neves logo se vem à cabeça sua qualidade técnica e seus títulos nos clubes em que passou. Formado pelo Paraná Clube, já foi campeão da Copa do Brasil duas vezes, bola de ouro em 2005 e 2007 e traz uma carreira vitoriosa.


Porém, atualmente com 35 anos, ao tentar se transferir de clube - do Grêmio (que fez apenas 14 partidas) para o Atlético-MG – se viu sendo um dos personagens dos noticiários esportivos.


Isso se deu pela recusa dos próprios torcedores do Atlético-MG em sua contratação, tendo em vista que o jogador foi peça fundamental nos títulos do rival, em anos passados.


Mas este não é bem o motivo principal, pois já vivenciamos outras trocas entre jogadores de clubes rivais, como o caso aqui em Curitiba do lateral Thiago Carleto vindo do Coritiba para o Athletico, ou então mais recentemente do ídolo coxa-branca Adriano, vindo do Barcelona para o CAP, ou até mesmo o Vina (Vinicius), meio-campista do Ceará, que passou pelos 3 clubes do Estado.


É normal, jogadores veem com profissionalismo, ou deveriam ver, as trocas entre clubes, e principalmente entre rivais.


O que aconteceu no caso do Thiago Neves é que houve o vazamento de diversos vídeos, ainda na época do Cruzeiro, ofendendo e ridicularizando o Atlético-MG, em momentos de títulos do rival. E isso no mundo do futebol, quando se mexe com paixão dos torcedores, muitas vezes, ou senão em cem por cento dos casos, é um tiro no pé.


Jogador de futebol tem sim que extravasar quando se conquista títulos, pois todos sabemos que a caminhada é longa e dificultosa, mas jamais ofendendo quem quer que seja, ainda mais se for o rival.


Hoje, aos 35 anos, aproximando-se do final de sua carreira profissional, um episódio desses pro Thiago Neves não era nem um pouco necessário, e a lição que fica pros demais jogadores é o investimento em uma gestão profissional de sua imagem - tema tão debatido aqui na Fidem – não tornando o jogador um robô com respostas prontas, mas mostrando sua verdade em suas atitudes, amparado ao seu redor de profissionais gabaritados para situações como essas.



Por Clayton Gemba Jr

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