Conscientemente ou não, todo jogador que faz parte de um time, durante o jogo, enfrenta muitas oportunidades que exigem decisão dele. Decisão rápida e correta, que traga a maior vantagem possível para a equipe.
Tudo começa com o que o jogador vê. Não pelo que ele olha.
Em que esta decisão se baseia? Como treinar o processo que leva à decisão correta e cria um jogador responsável, criativo, independente e autoconfiante? Se você está ciente, não há o que temer. Devemos trabalhar então de “dentro para fora” ou de “fora para dentro”? É claro que as condições de treinamento devem ser as mais semelhantes às condições de partida possíveis.
A base do processo de decisão é a informação. O tempo, a qualidade e a frequência das informações obtidas são fundamentais neste processo.
Em constante movimento, o jogador deve estar ciente de qual direção e parte do campo ele deve controlar no momento. Isso é percepção, um processo, senso de consciência, registro do objeto ou ambiente externo que está em nosso campo de visão e adoção pela consciência.
Compreensão, identificação e preparação para reação a um estímulo. No entanto, a estrutura do nosso campo de visão é limitada.
Com base nas informações recebidas, o jogador deve assimilá-las e analisá-las em relação à sua posição, princípios e recomendações da equipe, avaliação do risco e qual solução trará a maior vantagem para a equipe. Por exemplo: Se o companheiro de equipe estiver sob pressão com a bola, o jogador deve apoiar para criar progresso ou recuar? Quais informações são cruciais?
Todo esse conteúdo parece ser bastante fácil de lembrar e usar durante o jogo, no entanto, às vezes, a maneira mais fácil acaba sendo a difícil de usar. Quanto você sabe que deve fazer, mas como você ira realizar é a outra coisa. Muitas vezes, os treinadores ficam satisfeitos com o fato de seus jogadores estarem mantendo a cabeça erguida com a bola ou controlando o jogo sem a bola. Já observei treinadores, aonde muitas vezes experimentaram que os jogadores estavam respondendo "eu deveria aparecer na posição" ou "eu deveria me mover atrás do zagueiro para apoiar meu companheiro de equipe". O que acaba não é suficiente.
Processo cognitivo é uma das partes mais difíceis de desenvolver porque está acontecendo individualmente dentro da cabeça de cada jogador. Tudo o que pode se fazer como treinador é replicar as situações problemáticas para os jogadores durante o jogo. Situações em que os defensores são colocados em oportunidades de duplo sentido, onde precisam controlar mais de um aspecto do jogo.
Onde os atacantes devem decidir se fornecerão apoio com o progresso ou ajudarão o companheiro de equipe sob pressão. Até a perna que eles usarão para controlar o passe ou correr com a bola é importante. A direção que eles escolherão para criar um ataque. Todas essas situações exigem o máximo de conscientização possível sobre as condições. Esses detalhes são importantes. Um aspecto que faz a diferença entre os melhores.
Por Lucas Drumond Sinnecker
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